quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Garota de 15 anos fica grávida por estupro e diz não ao aborto

Luciano BatistaCanção Nova Notícias, SP
Gabriela é uma garota de 11 anos que hoja dá aulas para pessoas especiais. Ela nasceu fruto de um estupro sofrido por sua mãe que na época tinha apenas 15 anos. Daniela conta que foi vítima do ex-namorado com quem tentava desmanchar o relacionamento.Ela conta que passava por um tratamento da tireóide e nem desconfiou da própria gravidez. Já no sexto mês de gestação, durante uma consulta médica, ficou sabendo da médica que estava grávida. "Para mim foi uma surpresa quando a médica disse que era um feto de 29 semanas". Ela estava acompanhada da mãe e as duas mal conseguiam acreditar no que estava acontecendo. Foi neste momento que ela contou que havia sido estuprada pelo ex-namorado. "Ele, quando soube, foi embora para o sul do país com toda a família".Foi um choque muito grande. "Naquele momento me faltou o chão. Eu realmente não sabia o que fazer. Seria uma criança cuidando da outra", lembra. E acrescenta: "em nenhum momento pensei em abortar!"Daniela lembra que na época que engravidou a família inteira passava por dificuldades financeiras. O pai e a mãe estavam desempregados e só ela trabalhava e a noite, estudava. Apesar das limitações, teve um apoio grande dos pais. "Prá mim foi fundamental este apoio". Mas não era só em casa que a jovem futura mãe recebeu carinho e apoio. "Eu tinha um grande amigo na época. Nós até tentavamos namorar mas não dava certo. O Delter sempre esteve ao meu lado e me ajudou muito, psicologicamente, financeiramente e com muito carinho. Ele assumiu a paternidade da Gabi", conta. "Depois disso, nos casamos e a gabi, com três anos, entrou como dama de honra na nossa cerimônia. Foi emocionante", lembra a secretária que hoje trabalha na comunidade Spicilegium Dei (Suspiro de Deus) na Zona Leste de São Paulo.Após seis meses de casamento Daniela ficou novamente grávida. Tudo transcorria normalmente até que no quinto mês de gestação ela começou a sentir dores e percebeu que algo estava errado. "Pedi para que meu marido me levasse ao hospital. Chegando lá a médica disse que era apenas uma infecção na urina". Com o diganóstico ela voltou para casa e dois dias depois, as dores se intensificaram. "Tinha tanta dor e sangramento que eu senti a presença de Nossa Senhora das Dores me amparando enquanto perdia o meu bebê. Naquele momento tinha a certeza de que ela estava amparando ele nos braços", lembra emocionada a data que no próximo dia dois de novembro completa sete anos.Foram quatro anos de tratamento para tentar engravidar novamente até que em 2004 ficou grávida. Hoje a filha do casal, Isabela está com três anos e quatro meses. "Tenho a certeza de que o apoio que recebi da minha família foi fundamental para todos estes momentos difíceis da minha vida. Hoje quando falo sobre o assunto nas palestras, percebo que muitos jovens ainda tem restrições para tratar do tema aborto. Mas o que eles não sabem é o mal que estão fazendo para o feto e para si próprios. Se houvesse uma estutura familiar adequada sem o envolvimento em brigas, alcoolismo e drogas, muitas dessas jovens não ficariam grávidas e tentariam o aborto", explica.

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