sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Estudo afirma que abortos causam traumas psicológicos por anos

Estudo afirma que abortos causam traumas psicológicos por anos
13/12/2005

Abortos voluntários podem resultar em traumas psicológicos que levam pelo menos cinco anos para serem superados, afirma um novo estudo de pesquisadores da Universidade de Oslo.

A equipe de cientistas comparou 40 mulheres que tiveram abortos espontâneos com outras 80 que escolheram interromper a gravidez. O resultado do estudo foi publicado nesta segunda-feira na revista acadêmica online BMC Medicine.

Aquelas que perderam os bebês em razão de problemas no parto sofreram estresse mental nos seis meses subseqüentes. Já as mulheres que praticaram abortos de vontade própria enfrentaram efeitos negativos de duração maior.

Ativistas que lutam pelo direito ao aborto dizem não haver provas ligando diretamente aborto a trauma psicológico. Mas ao contrário dos ativistas, os pesquisadores noruegueses disseram que os resultados reforçam a importância de se oferecer às mulheres informações sobre os efeitos psicológicos da perda de um filho, seja naturalmente, seja por aborto premeditado.

Resultados da Pesquisa

A equipe da Universidade de Oslo afirmou que, dez dias após o aborto, 47,5% das mulheres que tiveram aborto espontâneo apresentaram sinais de algum tipo de sofrimento mental.

O total de mulheres psicologicamente abaladas pelo aborto espontâneo caiu com o passar do tempo: 22,5% delas após seis meses e apenas 2,6% passados dois anos e cinco anos.

Já no grupo das mulheres que abortaram por escolha própria, 25,7% ainda sofriam seqüelas psicológicas depois de seis meses, e 20% delas continuavam com problemas mentais relacionados ao aborto cinco anos mais tarde.

"Sempre se considerou isso, e este estudo também mostra, que a decisão de interromper uma gravidez pode trazer sentimentos de ansiedade e culpa por longa data", disse Richard Warren, do Royal College of Obstetricians, da Grã-Bretanha.


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