quarta-feira, 20 de julho de 2011

Perigos do leite? quem diria!!!!!

Não obstante seu notável valor nutricional e culinário, é crescente a atenção às reações indesejadas desencadeadas na saúde humana em virtude do consumo do leite e seus derivados. A busca ou introdução de outras formas protéicas de origem vegetal na dieta, como castanhas, nozes e principalmente a soja, tem sido incentivada, sobretudo em razão de sensibilidades, alergias e intolerância à lactose, espécie de açúcar presente no leite, cuja digestão é prejudicada ou dificultada em determinados organismos humanos.
Polêmicas ainda têm surgido diante de pesquisas científicas sugerindo que a ingestão de produtos lácteos pode oferecer riscos de desenvolvimento de câncer como os de próstata[37][38], ovário e mama.[39] Nesse sentido, o Dr. T. Colin Campbell, Ph.D., afirma em seu livro The China Study que existe uma correlação entre o consumo de leite e o desenvolvimento de câncer de mama e próstata, entre outras enfermidades. O crescimento de células cancerígenas estaria associado à ação de hormônios como o IGF-1 [40][41](Insulin-like Growth Factor 1), um hormônio de crescimento igualmente existente tanto no corpo humano como em bovinos.[42]
O IGF-1 induziria uma rápida divisão e multiplicação das células normais do epitélio mamário ou da próstata humana. O excesso de tal hormônio seria ainda promovido pela administração, nas vacas leiteiras, do hormônio de crescimento bovino recombinante (bBGH ou rbST, nas siglas mais usadas em inglês, ou conforme seu nome científico, Somatotrophina Bovina, responsável por um aumento em até 15% na produção de leite comercializável [43] [44]) o que, por sua vez, aceleraria mais ainda o desenvolvimento de células cancerígenas.[45]
Caso emblemático acerca do uso de laticínios e sua relação com a saúde é o apresentado pela cientista britânica Jane Plant, geoquímica, Ph.D., membro da Real Sociedade de Medicina.[46] Ela relata que, nos anos 90, trabalhando juntamente com seu marido em um projeto acerca de problemas ambientais na China, e de posse de um atlas de epidemiologia que alguns colegas chineses lhe deram de presente, encontrou informações de que a ocorrência de câncer da mama nas mulheres chinesas era de um caso em cada 100 000 mulheres, comparado com a ocorrência de 1 caso em cada 10 mulheres, no Reino Unido e na maioria dos países ocidentais.
Afirma que após verificar a correção de tais informações junto a renomados acadêmicos e profissionais da medicina, chegou à conclusão de que essas diferenças deviam-se a fatores alimentares, dentre os quais um dos principais era o consumo de produtos lácteos, pouco usados entre os chineses. Relata então em seu livro, Your Life in Your Hands (Sua Vida em Suas Mãos), sua experiência pessoal no combate aos tumores mamários em si diagnosticados no ano de 1987, os quais, segundo aponta, foram eliminados mediante a retirada de todos os produtos lácteos de sua alimentação, acompanhada de mudanças no estilo de vida e dietético, conhecimentos que usa atualmente em favor de portadores de câncer. [47][48]
Estudos científicos também sugerem que haja uma relação entre o consumo de leite e o aumento do risco de Mal de Parkinson.[49][50][51]