quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Curar os traumas do aborto e voltar a ter esperança é possível ?!



Desde 1984, o Projeto Rachel representa a resposta da Igreja pela cura das famílias das feridas de uma interrupção voluntária da gravidez. A iniciativa, feita em mais de 110 dioceses dos Estados Unidos, pretende dar assistência pessoal a mulheres, homens e familiares que foram atingidos pelos efeitos espirituais e físicos de um aborto. Dentro do projeto, toda vez que se inicia uma nova rede de assistência, dá-se uma atenção especial à formação dos operadores. O primeiro passo é dado pelos padres, operadores sanitários e outros profissionais, que discutem e analisam todos os problemas em relação às feridas do pós-aborto, para que consigam compreender os sofrimentos das mulheres que encontrarão e o que as levou a tomar essa decisão. “Portanto, é necessário preparar os operadores para reconhecerem essas feridas, que quase sempre são as mesmas de alguém que perdeu um filho de modo dramático. O que não podemos esquecer é que nós estamos aqui para ajudá-las a se reconciliarem com Deus, com seu filho e com elas mesmas e com outras pessoas envolvidas”. Fala a diretora executiva do Projeto Rachel, Victoria Thorn. O perdão e o sacramento da reconciliação são aspectos fundamentais no percurso de cura das feridas do aborto. O próprio servo de Deus João Paulo II, na Encíclica Evangelium Vitae, de 1995, dirige um pensamento às mulheres que recorreram ao aborto: “Não abandonem a esperança, mas se abram com humildade e confiança ao arrependimento”. A encíclica traz a data da Anunciação a Virgem Maria. “Escolhi esta solenidade pelo valor altamente significativo que ela reveste nesta relação ao tema da vida. Na Anunciação, a Virgem Maria acolhe sua divina maternidade. No sim que Maria pronuncia tem seu vértice o sim de cada mãe á vida da própria criança”. Uma relação muito diferente daquela que uma parte da sociedade atribui à Igreja como aquela que condena o pecador. O cuidado pastoral das vítimas de um aborto é muito importante, não somente para a mulher que decidiu não ter a própria criança, mas para os pais e até mesmo os avós da criança não nascida. Hoje, geralmente há uma imagem consciente da necessidade de envolver o homem na discussão sobre o aborto, mas geralmente a mulher está só. Em algumas sociedades se pensa ainda que o aborto não diz respeito ao homem, sem levar em conta que talvez ele pudesse salvar a criança e isso não foi possível; em todo caso, os homens sofrem e isso pode acontecer em um momento imediatamente sucessivo ao aborto, ou muitos anos mais tarde, quando eles se sentirão prontos para a paternidade. A cura do trauma do aborto é tanto espiritual, quando humana. O Projeto Rachel, que está se difundindo também fora dos Estados Unidos, jamais perde de vista esses dois aspectos, mesmo quando se trata de pessoas de outras crenças
(extraído do portal Canção Nova)

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